Itinerâncias do Sublime: A Arte de Viajar de Alain de Botton

Maria do Carmo Cardoso Mendes

Resumo


Tomando como referências o lugar crucial do turismo (literário, académico, religioso) no âmbito dos Estudos Culturais e da obra de Alain de Botton, A Arte de Viajar (2002), este ensaio procura: 1) identificar viagens de escritores célebres: o inglês Wordsworth e os franceses Karl-Joris Huysmans, Gustave Flaubert e Charles Baudelaire; 2) mostrar que, na reconstituição dos itinerários de tais autores (na Europa e no Oriente), se observa uma busca de raízes culturais dos lugares percorridos, traçando mitologias dos espaços e dos povos, e uma desconstrução de estereótipos frequentemente associados à imagem do Outro; 3) tornar patente que o turista literário é também cronista, protagonista e criador de universos imaginários; 4) aproximar turismo literário e turismo estético, pela identificação de referências a diversas manifestações culturais (pictóricas, musicais e arquitetónicas); 5) evidenciar que o turismo literário pode ser interpretado como uma experiência estética do Sublime.

Palavras-chave


literatura de viagens; turismo; estudos culturais; Alain de Botton

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