Slow tourism e os caminhos-de-ferro: Uma proposta para a região franco-italiana do Vale do Roia

Lorenzo Bagnoli

Resumo


De um modo geral, a filosofia do slow tourism aplica-se, por um lado, aos destinos turísticos consolidados com o objetivo de renová-los com elementos sustentáveis e, por outro lado, aos destinos promissores, de modo a ajudá-los a entrar no atual, e extremamente competitivo, mercado turístico. O Vale do Roia é, desde 1860, uma região partilhada pela Itália e pela França, e é o elo natural entre a região turística de praia da Riviera e da Côte d'Azur, no sul, e as estâncias de montanha do Piedmont, no norte, não sendo, todavia, um destino turístico per se. Em 1920, construiu-se uma linha ferroviária atravessando o Vale do Roia que foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1979, a linha foi restaurada e tem sido utilizada essencialmente no transporte local e para fazer a ligação entre a beira-mar com Piedmont, mas ainda não foi explorada para o turismo local. O objetivo deste trabalho é analisar até que ponto a exploração turística da linha ferroviária, através de um programa de slow tourism, poderia transformar o promissor Vale do Roia num novo destino turístico intimamente ligado às regiões turísticas da Riviera e de Piedmont.

Palavras-chave


slow tourism; turismo ferroviário; turismo político; linhas ferroviárias internacionais; Vale do Roia

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